O ex-diretor da comunicação do FC Porto foi condenado a três anos e seis meses de pena de prisão suspensa por crimes de violência doméstica.

Fernando J. Marques foi hoje condenado a três anos e seis meses de pena de prisão suspensa na sua execução por crimes de violência doméstica contra a sua ex-companheira e filha de ambos. O arguido, de 58 anos, não poderá contactar as vítimas durante dois anos e será obrigado a manter-se afastado da sua residência e local de trabalho. Para além disto, terá de frequentar o programa de prevenção de crimes de violência doméstica da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).

A pena suspensa de execução por crimes de violência doméstica está sujeita a um regime de prova, como está estipulado pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, mas a magistrada do Tribunal do Bulhão, no Porto, afirma “não restarem dúvidas” sobre a natureza dos crimes.

O julgamento conclui sobre dois crimes de violência doméstica, que não foram executados de forma física. O tribunal concordou sobre a veracidade das mensagens e e-mails que Fernando J. Marques, “movido por ciúmes e posse”, enviou à ex-companheira entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, notando o cariz insultuoso, humilhante e intimidante dos mesmos.

Durante o julgamento, também se comprovou que Fernando J. Marques rebaixava a sua ex-companheira em conversas diretas com a filha de ambos, que na altura dos crimes tinha 7 anos.

A investigação sobre os crimes do ex-diretor da comunicação do FC Porto começou em janeiro de 2022 com uma queixa por parte da vítima, nesta altura já separada do arguido, que foi direcionada para o Gabinete de Atendimento e Informação à Vítima da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto.

Fernando J. Marques demonstrou “falta de interiorização do crime, projetando a culpa na ofendida” durante o julgamento, denota a magistrada do Tribunal do Bulhão.

Pirotecnia, adeptos casuais e ciberataques estão entre as diversas preocupações das autoridades no desporto, tal como foi hoje assumido pelo responsável de segurança pública em Viseu.

Ricardo Conceição, responsável da Polícia de Segurança Pública (PSP), afirma que, semanalmente, é identificado um número crescente de adeptos envolvidos em ações relacionadas com pirotecnia, desacatos ou ciberataques. Aquele representante da autoridade alerta ainda para a necessidade de organizar “mecanismos de sancionamento das pessoas que têm esse tipo de conduta”. O responsável pela PSP divulgou que em competições europeias ocorreram “570 deflagrações de artigos pirotécnicos”, o que equivale a 74,7% dos 763 registos ao longo desta época, tornando necessário “alertar para o nível de perigosidade”, deste tipo de objetos.

Daniel Seabra, antropólogo da Universidade Fernando Pessoa, refletiu sobre o fenómeno “casuals”e afirmou que “o problema é o quadro de valores” no qual as pessoas que pertencem às claques de adeptos casuais estão integrados. Aquele especialista declara que estas pessoas “têm consciência de que aquilo é errado”, mas mesmo assim adotam esses comportamentos.

Ainda no mesmo congresso, um elemento do Serviço de Informações de Segurança (SIS) explicou a forma como os ciberterroristas atuam: entram nos computadores das pessoas que assistem os eventos desportivos online, aproveitando que estes permanecem ali durante todo o evento, e desenvolvem .

O Festival Internacional de Guitarras da Madeira, realizar-se-á na próxima semana, no Funchal. Entre os dias 25 de outubro a 3 de novembro, mais de 20 músicos subirão a palco, para dar vários espetáculos a não perder.

Diego Campagna, Francesco Tizianel, Márcio Silva e Roberto Fabbri são alguns dos reconhecidos guitarristas clássicos internacionais que trarão o seu talento até ao Funchal, na ilha da Madeira. De acordo com a organização do evento, a sexta edição do Festival poderá ser assistida a partir de quatro espaços culturais e museológicos da região. 

A Associação Cultural e de Solidariedade Social Raquel Lombardi (ACSSRL), responsável pelo ciclo de concertos, dividiu a iniciativa cultural entre o Museu Henrique e Francisco Franco, o Palácio de São Lourenço, o Núcleo Histórico e Museológico Torre do Capitão e a Biblioteca Municipal de Câmara de Lobo. 

Entre os guitarristas clássicos que subirão a palco nesta edição, há também talentos nacionais, como é o caso de Beatriz Pinto, vencedora do Prémio Alhambra 2024. Sara Freitas, Fernando Martins, Filipe Velosa e o Trio Saudade são alguns dos artistas portugueses a que vai poder assistir, na ilha da Madeira, a partir da próxima sexta-feira.

Em 2023, foram mais de 300 os espetadores, numa edição que reuniu concertos de diversos estilos e géneros musicais. A presidente e fundadora da ACSSRL, Raquel Lombardi, recorda que este festival “reflete a missão de responsabilidade social da associação na promoção das artes, no contínuo estímulo da criatividade e da construção de pontes culturais, alicerçando os laços na comunidade onde se insere”.

Os espetáculos são de entrada livre, sujeitos à capacidade de cada uma das salas. No entanto, a organização estará a receber donativos, para apoiar uma família local que enfrenta dificuldades financeiras.

Os concertos iniciam-se no dia 25 de outubro, no Museu Henrique e Francisco Franco, às 15:00h, e no Palácio de São Lourenço às 18:00h.

Neste domingo, a Universidade de Aveiro abre a 20.ª edição dos Festivais de Outono, dedicada à voz, com um concerto da Orquestra Filarmonia das Beiras.

Esta edição dos festivais celebra os 50 anos da Universidade de Aveiro e o 50.º aniversário do 25 de Abril, mas assinala também a cidade de de Aveiro como Capital Portuguesa da Cultura. “Durante a Gala Lírica de abertura, os intérpretes levarão o público numa viagem musical, explorando composições de tradição espanhola e italiana”, refere uma nota da organização. 

Um dos momentos mais relevantes, será a interpretação da 9.ª Sinfonia de Beethoven no concerto de encerramento, com a colaboração da Orquestra e do Coro do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro.

Os Festivais de Outono também são conhecidos como uma forte componente pedagógica, destacada pela rubrica “Presente(em)mente)”, que promove obras de estudantes de composição. No dia 12 de novembro, o “Ensemble Momentum UA” interpretará, pela primeira vez, obras de compositores como Alberto Hortigüela e João Pedro Monteiro da Silva.

Além da música erudita, o programa inclui uma diversidade de estilos musicais, como zarzuela, Fado, jazz e música de intervenção. O duo formado por Camané e Mário Laginha irá apresentar o projeto “Aqui está-se sossegado” no dia 2 de novembro, prometendo enriquecer ainda mais a experiência cultural dos festivais.

Os Festivais de Outono da Universidade de Aveiro, com sua proposta diversificada, prometem um mês repleto de arte e cultura, celebrando a voz em todas as suas formas.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) está a avaliar um projeto-piloto para rastrear a diabetes tipo 1 nas crianças no momento da vacinação.

Este projeto-piloto ainda em avaliação pela Direção-Geral da Saúde, reveste uma enorme importância para a deteção de anticorpos, permitindo um diagnóstico prévio à doença, o qual deve ser feito aos 5 anos para que se possa prever se a criança terá diabetes dentro de um determinado número de anos, evitando assim que a procura de ajuda só aconteça já num estado avançado da doença.

O número de crianças com diabetes tem vindo a aumentar. Segundo Catrina Limbert, especialista da Direção-Geral de Saúde, existem “cerca de 38.000 pessoas com diabetes tipo 1 em Portugal, das quais 3.000 a 4.000 têm menos de 15 anos”. Daí qiue seja tão importante que este projeto-piloto venha a ser aprovado.

É muito difícil para as crianças lidarem com esta doença pois a mesma “afeta o seu dia-a-dia e acabam por ter vergonha dos colegas porque têm que administrar insulina, têm que calcular o que comem, têm que olhar para os sensores e ver se os valores das glicemias estão bem” afirmou Catarina Limbert.

Esta doença acaba também por ter implicações para os pais uma vez que têm que deixar de trabalhar para poderem administrar a insulina às crianças e dar-lhes comida, pelo que a “DGS e o Programa Nacional da Diabetes têm feito um esforço muito grande para tornar obrigatório nas escolas um apoio especial a estas crianças e isso tornou-se um decreto-lei” salientou Catarina Limbert.

Com o desenvolvimento de novas tecnologias têm surgido novas medicações que atuam na causa da doença e que precisam de ser discutidas, mas que marcam também um momento de viragem na diabetes pediátrica “está a passar-se do ponto em que se administra insulina para as pessoas sobreviverem, para o ponto da prevenção da doença, travando o processo de destruição imunológica, e atrasando o aparecimento da mesma através de medicamentos imunomoduladores e daí estarem a iniciar-se esses projetos de rastreio da diabetes em todo o mundo e também em Portugal”, disse Catarina Limbert.

Neste sentido este tema da “Inclusão e Inovação na Diabetes Pediátrica” estará a ser discutido na reunião anual da ISPAD que decorre até sábado no Centro de Congressos de Lisboa.

A GNR deteve um homem de 51 anos no distrito de Évora, por suspeita de violência doméstica contra a sua companheira. O tribunal decretou a prisão preventiva do arguido.

Em comunicado na sua página oficial, a Procuradoria-Geral Regional de Évora informou que o suspeito foi levado a um primeiro interrogatório judicial, onde foi indicado por um crime de violência doméstica agravada. O Ministério Público considera que os indícios contra o homem são sólidos.

Além disso, foram indicados riscos associados à continuidade da sua conduta criminosa e à possibilidade de interferência na investigação, o que levou à solicitação da prisão preventiva, a qual foi aceita pelo juiz de instrução criminal.

Em declarações à Lusa, uma fonte do Comando Territorial de Évora da GNR detalhou que o homem foi detido “fora de flagrante delito”, na segunda-feira. A fonte acrescentou que a vítima é “a sua companheira, de 24 anos”, e destacou que o detido “já tem um historial de processos antigos de violência doméstica”.

O Ministério Público também acrescentou que as investigações prosseguirão sob a supervisão do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, com o apoio do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) da GNR de Évora.

Uma mulher foi detida, em Matosinhos, por crimes que permitiram a entrada de cidadãos estrangeiros no Espaço Schengen, anunciou a Polícia Judiciária. 

Em comunicado, a PJ adiantou que a arguida está “fortemente indiciada” pela prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação e contrafação de documentos, facilitando a entrada de imigrantes ilegais no espaço europeu. A suspeita falsificou documentação, com o objetivo de adquirir vistos, nos consulados de Portugal em Bangkok e da Alemanha em Hanói. 

A mulher, de 44 anos, é uma das coautoras de um esquema que viola as normas legais vigentes da União Europeia e está acusada pela prática de quatro crimes de auxílio à imigração ilegal e quatro crimes que envolvem a falsificação de documentos. 

A Diretoria do Norte da PJ que está a levar a cabo a investigação revelou que as “diligências efetuadas permitiram apreender elementos que reforçam os indícios da prática” dos crimes em causa. A detida já foi presente à autoridade judiciária, tendo ficado sujeita às medidas de coação de proibição de contacto com as vítimas e de apresentações periódicas às autoridades. 

O livro “Aberto Todos os Dias” de João Luís Barreto Guimarães levou o poeta a vencer a primeira edição do Grande Prémio de Poesia António Ramos Rosa da Associação Portuguesa de Escritores (APE).

João Luís Barreto Guimarães, poeta, tradutor e médico, nasceu no Porto em junho de 1967. Já venceu vários prémios e a sua obra está publicada em vários países, tais como Espanha, França, Chéquia, Itália, Polónia, Egito, Grécia, Sérvia, Finlândia, Croácia, Macedónia, Brasil e EUA.
De acordo com o júri, constituído por António Carlos Cortez, Carina Infante do Carmo e José Carlos Seabra Pereira, a obra que levou o poeta a vencer o prémio, “coleciona anotações meditativas sobre coisas, seres e paisagens do quotidiano, e neles se entretecem a contemplação da História, a passagem do tempo, a marca metapoética”.

O prémio de 12.500€, instituído pela APE e patrocinado pela Câmara Municipal de Faro e pela Fundação Millenium BCP, destina-se a galardoar anualmente uma obra de poesia, em português, publicada integralmente e em primeira edição.
O Grande Prémio da Poesia António Ramos Rosa foi instituído em 2023, avaliando assim apenas as obras que foram publicadas nesse ano. O Prémio foi ainda atribuído na data que assinala os 100 anos do nascimento do poeta António Ramos Rosa.