As mulheres continuam a ser as mais afetadas por crimes de violência doméstica, apontam os Indicadores Estatísticos publicados no Portal da Violência Doméstica.
Os dados mais recentes referem-se ao segundo trimestre de 2024, de abril a junho, e apontam para 1419 pessoas acolhidas na Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica. Destas, 49,54% são mulheres, 48,8% crianças e 1,6% homens. Relativamente aos crimes contra mulheres, o perfil do agressor corresponde maioritariamente a homens da mesma faixa etária.
As medidas de proteção por teleassistência da Rede Nacional alcançaram mais de 5000 pessoas que pediram auxílio no âmbito deste crime público. Para além disto, foram totalizadas 7738 ocorrências neste período pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR), o que traduz um aumento de 12,49% comparativamente ao trimestre anterior.
Neste trimestre registaram-se 3 vítimas (2 mulheres e 1 homem) de homicídio voluntário em contexto de Violência Doméstica. No 1.º trimestre de 2024 ocorreram 9 homicídios (8 mulheres 1 homem).
Cerca de 1134 medidas de coação de afastamento a agressores por crimes de Violência Doméstica foram aplicadas, e 2631 pessoas foram registadas em programas para agressores.
O caso de Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do Futebol Clube do Porto, foi mais recente destes casos de violência doméstica a chegar à barra do tribunal.