Ucrânia

Boris Jonhson: “Massacre em Bucha é quase genocídio”

O Primeiro-Ministro britânico, Boris Jonhson, admitiu que as atrocidades cometidas pelas tropas russas na cidade de Bucha, na Ucrânia “não parecem estar longe de um genocídio”. O governo britânico evita usar essa qualificação.

Após a descoberta, no fim-de-semana, de centenas de corpos de civis torturados, a noroeste de Kiev, o exército russo descartou a responsabilidade e acusou as tropas ucranianas de encenação.

Durante uma visita aos arredores de Londres, o Primeiro-Ministro britânico, condenou o regime de Vladimir Putin: “quando olhamos para o que está a acontecer em Bucha e para o que Putin fez na Ucrânia… não parece, na minha opinião, estar longe de um genocídio ”. E acrescentou: “Não tenho dúvidas de que a comunidade internacional, o Reino Unido na linha da frente, voltará a atuar em concertação para impor mais sanções e penalidades ao regime de Vladimir Putin”.

A própria legislação internacional como a Convenção das Nações Unidas descreve o genocídio como um “crime cometido com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”, ainda assim o governo britânico não se pronuncia, alegando que cabe aos tribunais decidir sobre a sua designação.

A par de Boris Jonhson, o Presidente Norte Americano, Joe Biden, já havia condenado o massacre, esta segunda-feira, exigindo um “julgamento por crimes de guerra”.

Desde o inicio da invasão Russa à Ucrânia que os líderes mundiais têm sido irredutíveis quanto às atuações do Kremlin. Após uma série de sanções aprovadas contra Moscovo, aguarda-se que os Estados Unidos adotem, ainda hoje, novas medidas em coordenação com a União Europeia e o G7.

Posted by Filipa Venâncio in Factualidades, notícias, Temporada 2021/2022

Zelensky inconformado: “Não posso tolerar a indecisão dos europeus”

Num discurso no Parlamento irlandês, Zelensky fez críticas à hesitação de alguns líderes da Europa em sancionar a Rússia, ameaçando a União Europeia a fortalecer as suas medidas.

Durante um discurso no Parlamento irlandês por videconferência, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky lamentou a “resistência” de alguns líderes europeus em sancionar a Rússia, ameaçando a União Europeia com o endurecimento das suas medidas.

Zelensky pediu a Dublin para convencer os parceiros europeus a serem taxativos nas suas sanções: “Ainda temos de convencer os políticos estrangeiros a cortar os laços dos bancos russos com o sistema financeiro internacional e ainda temos de convencer a Europa de que o petróleo russo não pode financiar a máquina de guerra russa.”

O presidente ucraniano declarou ainda que a fome está a ser usada como “instrumento de domínio”, ao controlar os portos da Ucrânia e alertou para as consequências que os países asiáticos e africanos irão sofrer: “Haverá escassez de alimentos e os preços subirão, esta é uma realidade para milhões de pessoas famintas”.

Zelensky já discursou em vários parlamentos como Reino Unido, Estados Unidos, Suécia, Japão, entre outros países e pediu ajuda às Nações Unidas e Parlamento Europeu.

Desde 24 de Fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia causou a morte de 1480 civis, incluindo 165 crianças, de acordo com dados mais recentes da ONU.

Posted by Bernardo Silva in Factualidades, notícias, Temporada 2021/2022