internacional

Boris Jonhson: “Massacre em Bucha é quase genocídio”

O Primeiro-Ministro britânico, Boris Jonhson, admitiu que as atrocidades cometidas pelas tropas russas na cidade de Bucha, na Ucrânia “não parecem estar longe de um genocídio”. O governo britânico evita usar essa qualificação.

Após a descoberta, no fim-de-semana, de centenas de corpos de civis torturados, a noroeste de Kiev, o exército russo descartou a responsabilidade e acusou as tropas ucranianas de encenação.

Durante uma visita aos arredores de Londres, o Primeiro-Ministro britânico, condenou o regime de Vladimir Putin: “quando olhamos para o que está a acontecer em Bucha e para o que Putin fez na Ucrânia… não parece, na minha opinião, estar longe de um genocídio ”. E acrescentou: “Não tenho dúvidas de que a comunidade internacional, o Reino Unido na linha da frente, voltará a atuar em concertação para impor mais sanções e penalidades ao regime de Vladimir Putin”.

A própria legislação internacional como a Convenção das Nações Unidas descreve o genocídio como um “crime cometido com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”, ainda assim o governo britânico não se pronuncia, alegando que cabe aos tribunais decidir sobre a sua designação.

A par de Boris Jonhson, o Presidente Norte Americano, Joe Biden, já havia condenado o massacre, esta segunda-feira, exigindo um “julgamento por crimes de guerra”.

Desde o inicio da invasão Russa à Ucrânia que os líderes mundiais têm sido irredutíveis quanto às atuações do Kremlin. Após uma série de sanções aprovadas contra Moscovo, aguarda-se que os Estados Unidos adotem, ainda hoje, novas medidas em coordenação com a União Europeia e o G7.

Posted by Filipa Venâncio in Factualidades, notícias, Temporada 2021/2022

Brasil: Indígenas lutam pelos seus direitos

Milhares de indígenas brasileiros estão a reunir-se em Brasília para se manifestar a favor dos seus direitos e contra a exploração económica dos seus territórios. Os protestos ocorrem durante o acampamento anual Terra Livre, que irá durar até 14 de abril.

Os representantes de vários povos indígenas estão a juntar-se a quatro quilómetros do Palácio presidencial, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com os povos, o governo brasileiro está determinado a agilizar alguns projetos económicos que são prejudiciais ao meio ambiente. Os indígenas estão contra uma lei que a administração de Jair Bolsonaro quer aprovar e que autoriza a exploração mineira nas suas reservas.

“Viemos aqui para pedir ao governo federal que acabe com as ameaças que pairam sobre os nossos territórios”, afirmou à Agence France Press, Sinésio Trovão, representante de um dos povos mais importantes do Brasil, os Maguta-Tikuna.

Em 2022, o Terra Livre irá ter ainda como foco principal a lei que será votada em junho e que defende que os povos indígenas apenas podem reclamar terras que ocupavam antes da constituição brasileira ser promulgada em 1988. No entanto, como explica Ana Paula, coordenadora do projeto Meninas na Luta (Cunhataí Ikhã) à agência LUSA, essa é uma missão muito difícil uma vez que existem terra que ainda não estão delimitadas,

“O Governo não faz esse estudo, não marca e não delimita as terras indígenas. Segundo a constituição, existe um direito originário: eles estavam aqui antes da chegada dos portugueses”, explica.

O acampamento de 2022 terá ainda como objetivo a apresentação das campanhas políticas de alguns elementos das tribos às eleições gerais do Brasil, que se realizam em outubro deste ano.

Os indígenas representam 0,2% do povo brasileiro e as suas reservas ocupam cerca de 13% do território do país.

Posted by Joana Lopes in Factualidades, notícias, Temporada 2021/2022

“Aumentem os salários”! É esta a mensagem nas ruas de Atenas.

Na Grécia, os serviços públicos estão paralisados numa greve de 24 horas em protesto ao aumento dos preços no país.

Uma greve geral de 24 horas foi convocada na Grécia, tanto em Atenas como em outras cidades, pelos setores públicos e privados em protesto ao aumento dos preços e aos baixos salários do país.

Os transportes marítimos, ferroviários e urbanos foram um dos vários serviços públicos que pararam no dia de hoje, já os aeroportos mantiveram-se em funcionamento. De acordo com o comunicado de imprensa do sindicato do setor público, aumento de salários e apoios aos hospitais são algumas das exigências feitas pelos protestantes.

“Aumento dos preços, pobreza, desigualdade: aumentem os salários”

reivindica o cartaz do sindicato privado GSEE, o maior do país.

Após um período de pandemia de Covid-19 que deixou a economia do país bastante fragilizada, a recente invasão da Rússia à Ucrânia levou a um aumento de preços que se fez sentir pelo mundo inteiro.

Desde a adoção do euro em 2001 que a Grécia nunca tinha atingido valores tão elevados no índice de preços para o consumidor, chegando a 7,2% em fevereiro e 6,9% no passado mês de março.

Para tentar combater a queda de popularidade e a agitação social antes das eleições parlamentares, o primeiro ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, anunciou apoios sociais para pessoas de baixo rendimento num investimento total de 1.100 milhões de euros.

Posted by Erica Fialho in Factualidades, notícias, Temporada 2021/2022