Até ao meio dia deste domingo de eleições, votaram 23,27% dos 10.820.337 eleitores inscritos.
Segundo os dados do Ministério da Administração Interna, esses cerca de 2,5 milhões de eleitores superam a percentagem das últimas legislativas.
Em 2019, a afluência média às urnas, à mesma hora, estimava-se em 18,83%, ou seja, menos 500 mil pessoas que este ano.
No distrito de Santárem, Fátima é a única freguesia que aumentou de população. São 11 mil os possíveis eleitores que podem votar na região.
Até às 13h, 26% da população já terá votado. Luís Albuquerque, presidente da Câmara de Ourém, afirma que as eleições estão a correr bem e que há medidas adicionais para quem está em isolamento e queira votar no final do dia.
O presidente da Junta de Freguesia, Humberto Figueiredo, também expressou o seu contentamento com o decorrer das votações e garante a existência de medidas de segurança, como a criação de circuitos de circulação.
No distrito de Aveiro, há 88 locais de voto para que as votações se façam em segurança.
Até ao meio dia, 29% dos aveirenses votaram na assembleia de voto da Glória e da Vera Cruz para as eleições legislativas.
As 88 mesas de voto distribuem-se pelas 17 assembleias de voto diferentes, em 10 freguesias.
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu uma mensagem aos Portugueses, apelando ao voto.
“Amanhã eu lá estarei, como sempre, com o meu, um em milhões, a dizer o que penso sobre os próximos anos para Portugal. Anos de saída de uma penosa pandemia, de urgente reconstrução da economia, da sociedade, do ambiente, da vida das pessoas, de difíceis desafios europeus, e de tensão mundial como já não existia há quase vinte anos.”
Marcelo Rebelo de Sousa
A mensagem teve como foco o carácter distinto das Eleições Legislativas de hoje, dia 30 de janeiro de 2022. Segundo o Presidente da República, estas eleições são diferentes porque são as primeiras “realizadas em pandemia e após rejeição, também pela primeira vez, de um Orçamento de Estado em Democracia”. Marcelo refere ainda o “relevo do voto antecipado, a sugerir a oportuna reponderação do dia de reflexão, pensado para outra época e para outras preocupações”.
“Eu sei que pandemia, cansaço, conformismo, e outras razões do foro íntimo, são, para muitos, argumentos para escolher não escolher. Mas, nestas eleições tão diferentes, num tempo tão diferente e tão exigente, votar é também uma maneira de dizermos que estamos vivos e bem vivos, e que nada, nem ninguém, cala a nossa voz.”
Presidente Marcelo Rebelo de Sousa
O cabeça de lista do partido Livre votou, em Lisboa, no passado domingo.
“Inscrevi-me para votar antecipadamente porque era uma possibilidade adicional que nos era dada e que permitia responder a qualquer eventualidade no que diz respeito à pandemia e, portanto, uma vez que já tinha essa possibilidade aberta, achei que era uma boa ideia vir votar antecipadamente“
Rui Tavares
O deputado defendeu, ainda, a importância de “defender a democracia contra ataques” ao Estado de direito. Acrescentou que é “sempre uma alegria” poder votar e que o voto deve ser uma lembrança “daquilo que custou tanto a conquistar”.
“A nossa democracia ainda é relativamente recentemente, tem menos dias do que teve a ditadura antes dela – só daqui a algum tempo é que teremos mais dias de democracia que tivemos de ditadura – e, nestas fases as democracias às vezes passam por momentos críticos e é importante sabermos defender a democracia contra ataques ao Estado de direito, contra ataques aos direitos fundamentais e contra ataques à pluralidade da nossa sociedade”
Rui Tavares
Duas horas após o início da votação, a Comissão Nacional de Eleições fez balanço positivo, tendo todas as assembleias de voto do território nacional entrado em funcionamento com normalidade. “Não houve incidentes até ao momento”, afirmou um porta-voz à agência Lusa.
Se se repetirem os prazos de 2019, a tomada de posse dos 230 deputados que forem eleitos este domingo deverá ocorrer em meados de fevereiro.
Segundo a Agência Lusa, a data depende de vários prazos legais:
Em 2019, a primeira reunião plenária realizou-se 19 dias depois das legislativas. Também em 2015 a primeira reunião aconteceu 19 dias após as legislativas. Em 2011, aconteceu apenas 15 após as eleições.
Se o padrão se mantiver, a primeira sessão plenária deverá decorrer na semana de 14 a 18 de fevereiro
João Cotrim Figueiredo votou pelas 9h, na Escola B. Marquesa Alorna, em Lisboa.
O cabeça de lista da Iniciativa Liberal reconhece a existência do “fantasma da abstenção” e apela para que “todos vão votar”, já que estão garantidas as condições de segurança.
“Que ninguém deixe de votar por não ter condições de o fazer. Não deixem que os outros decidam por vocês.”
João Cotrim Figueiredo
Total dos orçamentos: 7,5 milhões de euros
São 591.969 os casos ativos em Portugal e 611.042 os contactos em vigilância. Assim, segundo o Boletim da Direção Geral de Saúde, 1.203.602 pessoas em isolamento no dias das eleições.
Mesmo em isolamento as pessoas infetadas vão poder votar.