O Ministro do meio ambiente norueguês anunciou a retoma de ajuda ao Governo brasileiro para combate à desflorestação na Amazónia.
O ministro do ambiente norueguês, Espen Barth Eide, afirmou que retomará a ajuda financeira contra a desflorestação da Amazónia, na sequência da vitória do líder progressista, Lula da Silva, nas eleições do passado domingo no Brasil. Essa medida, recorde-se, tinha sido congelada pelo país escandinavo quando Jair Bolsonaro assumiu o poder.
Durante o mandato de Jair Bolsonaro, a desflorestação aumentou progressivamente, atingindo 13.235 quilómetros quadrados de devastação embora sem alcançar o valor mais altos de sempre, 29.059 quilómetros de devastação em 1995. Em campanha eleitoral, Lula da Silva prometeu conter a destruição da maior floresta tropical do planeta.
Juan Carlos Del Olmo, secretário-geral do Fundo Mundial para a Natureza, alertou que a Amazónia está à beira de uma situação catastrófica devido ao seu desmantelamento durante todos estes anos, não apenas pela destruição da biodiversidade e pela violação dos direitos indígenas mas, também, pelas áreas florestais primárias se terem tornado altos emissores de carbono o que prejudica, e muito, a atual situação do aquecimento global que vivemos nos dias hoje.
Em Portugal também surgiu reação por parte de João Gomes Cravinho, Ministro dos Negócios Estrangeiros, valorizou, também, a promessa de Lula da Silva e afirma que se trata de uma medida fundamental para combater as alterações climáticas e a perda da biodiversidade.
De relembrar, Luiz Inácio Lula da Silva venceu Jair Bolsonaro com 50,90% dos votos e tornou-se o primeiro Presidente da história democrática recente do Brasil a assumir o poder para cumprir um terceiro mandato depois de ter sido chefe de estado em 2003 e 2011.