Eleições nos EUA: Direito ao aborto garantido em três estados até o momento

O direito das mulheres ao aborto foi assegurado no Michigan, Califórnia e Vermont já na terça-feira. A vitória nestes estados demonstrou a queda do conservadorismo de Trump.

A apuração dos votos para a eleição de 435 deputados, 35 dos 100 senadores e 39 governadores, além da aprovação de novas emendas na Constituição de cada estado, ainda não está concluída, mas a implementação dos direitos reprodutivos feminino nos três estados dos Estados Unidos da América já é certa. Além disso, apesar dos outros estados não terem apresentado até agora vitória nesta questão, Massachusetts elegeu Maura Healey, a primeira governadora abertamente lésbica dos EUA, o que indica um passo na direção dos direitos LGBTQI+ e em oposição ao conservadorismo.

O estado de Michigan, assim como a Califórnia e o Kentucky, apenas conseguiu vencer na questão do aborto após a reversão de uma decisão do Supremo Tribunal que proibia qualquer tipo de fim da gravidez com alcancefederal. No entanto, após a apuração de 84 % dos votos, os eleitores superaram esta limitação em termos de direitos reprodutivos femininos. Esta conquista feminina em Michigan deve-se também à reeleição de Gretchen Whitmer que fez parte da defesa ao direito voluntário do aborto. A governadora democrata, com mais de 53% dos votos, venceu o partido republicano que não era a favor desta emenda.

Já a Califórnia contou com 60% de votos a favor do direito ao aborto, com a restrição do procedimento ter de ser realizado até às 24 semanas de gestação. Para o estado liberal não é surpresa os eleitores terem tomado esta decisão, mas esta vitória ainda reforça o direito feminino ao próprio corpo e a diminuição da “onda vermelha” republicana no país.

O estado de Vermont, com 95% dos votos apurados, teve a maioria dos três estados, já que 77% dos seus eleitores votaram para a aprovação do direito feminino ao aborto. E junto a estes três estados, a conquista estadual mais chocante pode vir a ser a do estado conservador do Kentucky, que possui 86% dos votos apurados, e no qual apenas 52% dos eleitores votaram contra a emenda até o momento.

Por: Ana Haeitmann

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