David Teixeira, vice de Montalegre, prestou hoje declarações ao juiz de Instrução, no Porto. As medidas de coação serão anunciadas durante a parte da tarde.
Recorde-se que Orlando Alves, David Teixeira e o chefe de gabinete da divisão de obras municipais foram detidos na passada quinta-feira pela Polícia Judiciária (PJ), no âmbito da Operação Alquimia, por estarem indiciados dos crimes de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e participação económica em negócio.
Em comunicado divulgado nesse mesmo dia, a PJ explicou que a investigação recai sobre “um volume global de procedimentos de contratação pública, no período de 2014 a 2022, suspeitos de viciação para benefício de determinados operadores económicos, num valor que ascende a 20 milhões de euros”.
Ricardo Sá Fernandes, advogado de David Teixeira, disse hoje aos jornalistas: “Eu requeri a prestação de esclarecimentos adicionais por parte do vice-presidente. Foram prestados agora da parte da manhã, razão pela qual será conhecida [a medida de coação] da parte da tarde”.
Segundo fonte judicial, na sua promoção, o Ministério Público pediu que os três arguidos fiquem em prisão preventiva, mesmo depois de os arguidos terem renunciado aos cargos para os quais foram eleitos pelo Partido Socialista, na última sexta-feira. Desde aí, estiveram a ser ouvidos no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.