Embora as flutuações mostradas ao longo dos últimos dias de sondagens e a previsão de um resultado renhido, PS consegue a maioria absoluta na Assembleia da República.
Elege, assim, 117 deputados, com 41, 68% dos votos. Este resultado, apesar de ter sido um cenário apresentado como possível, não deixa de ser uma das grandes surpresas desta noite de eleições. Umas das figuras do partido que o assumiu, foi Pedro Nuno Santos que declarou que não esperavam uma maioria absoluta como resultado das sondagens voláteis apresentadas ao longo dos últimos dias.
Esta maioria é a segunda conseguida pelo Partido Socialista, que já a tinha atingido em 2005 sob chefia de José Sócrates, quando conseguiu eleger 121 deputados.
Em segundo lugar fica o Partido Social Democrata, que conseguiu eleger 71 deputados, com 27,80% dos votos, tornando o partido como um dos principais derrotados da noite, o que levou à demissão do líder Rui Rio.
Chega é o partido que mais cresce nestas eleições antecipadas, assegurando, sozinho, a terceira força política. Elegeu 12 deputados, com 7,15 % dos votos. O quarto lugar é alcançado pela Iniciativa Liberal, que também cresce de 2019 para 2022, elegendo 8 deputados, com 4,89% da votação total, apesar de ficar em terceiro lugar nos círculos de Lisboa e Porto.
O Bloco de Esquerda e a CDU são apontados como derrotados da noite, que viram o seu eleitorado preferir o voto no PS e outros, no Chega. O Bloco passa de terceira força política para quinta com 4,46% dos votos e 5 deputados, perdendo 14 deputados e a CDU não consegue eleger qualquer deputado dos Verdes, conseguindo um valor de 4,39% de votos.
O partido Pessoas Animais Natureza, PAN, esteve até à última sem saber se teria elegido algum deputado. Mas consegue, em Lisboa, com 1,53% dos votos eleger um deputado, tal como o Livre que obteve 1,28 % da votação.
Apesar de ser um cenário possível, a surpreendente perda de representação parlamentar do CDS não deixou de marcar estas eleições antecipadas, conseguindo reunir 1,6% dos votos do total nacional.